Puxo um cigarro. Quero que sejas a cinza [repleta de emoções e suspiros densos] que fumo beijando em todo este silêncio, onde procuro beber-te a voz, absorta!
Gostava de poder dilacerar cada pedaço teu, entre toques cegos, neste caminhar sem luz, rasgar o teu rosto, cada linha; o teu corpo, cada traço; o teu ser… devagar!
Que estas arestas que te [me] cercam, sejam espadas. Fazer o teu sangue [escarlate] saltar p’ra cima desta tela [cada vez em que és golpe na tua fuga!]. Fazê-lo gotejar sobre estas palavras. Quero sentir o seu odor a sair pelos sulcos da alma, difundindo-se em todo este quadrado em que somos folhas despedaçadas!
Sim, uma gota de sangue tua por cima dum verso era o mínimo que eu gostava agora! Sei-o e confesso que o desejo!
E as asas que me deste, corta-mas já!
E as asas que me deste, corta-mas já!
2 comentários:
"sei-o"... linda essa!
Não se corta umas asas dessas...
Grande texto... keep going!
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Que maléfica hahaha..
Nao, por acaso concordo com a prisioneira de sonhos, é um grande texto, nao tanto em tamanho mas em qualidade. Foi bem trabalhado; nota-se que os teus ultimos texto, à excepçao do "Findados de um Nos" (que creio ser mesmo uma excepçao, pois nesse frisas a pessoa a quem te diriges, o que dá a entender q os outros são para outrem), revelam um fim (ou pelo menos, parece), asco/ira, incognitas (talvez por retratares muito o silencio), mas ao mesmo tempo pareces repleta de certezas quanto ao que tu queres ou quanto a ti mesma.
Analisei bem o teu espirito, nao foi pimpolha? Eu sei haha
Tou com muito trabalho por isso é q tenho cá vindo com menos frequencia, mas pra semana já tou de ferias e já dou a devida atençao à minha menina :)
Beijo
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