terça-feira, abril 28

'Let me out'


As últimas lágrimas já secaram, o ódio alastra-se em passados movediços…
Esqueço o que de ti me afasta – por momentos – e estendo-me por ti em todo o eu, ainda que trémula entre o baço de tua alma incógnita.

O tempo não encerra em expectativa que a tua boca desperte.
Moderam-se limites do “nosso” impossível na descoberta do perdão inesperado.
Renovam-se promessas no sacrifício de [meus] sentimentos [in]confessados, constantemente renovados, em mim, quando do passado fica o aroma de um sorriso pleno.
Persisto, instantes, em não desistir na tua absoluta e calada desistência.

Paro – sistemática e irremediavelmente –, a minha derrota.

Depois, apetece-me fugir a tudo.

Memórias...


Dentro de mim um caminho, [quase] impossível, traçado em linhas sinuosas que não vejo – onde a luz nem se adivinha.

Recordo o teu cheiro – o que de ti ficou-me -, guardo-o em pequenas doses…
Tenho-te por capricho – menina mimada – ainda que descosida de ti.
Hesito sempre que Something se insinua, voz de uma consciência em chamas.

Até quando poderei resistir à vingança do tempo?!