quinta-feira, fevereiro 28

Devaneios


Tu não me vês, não registas os meus olhares… Caminhas altivo! E sem me aperceber, sinto-me demente!
Perco-me na imaginação, disperso-me em sonhos… em devaneios loucos… E simplesmente nada muda! As marcas da distância dilaceram o meu coração. As tuas palavras não me bastam enquanto os teus actos as contradizem… Desalento?! ( Sucede à carência de um sinal ) Ciúme?! (Sim… talvez! ).
E… Apetece-me parar por hoje, talvez, parar pelo amanhã.

domingo, fevereiro 24

Hoje...

Hoje, particularmente, sinto-me mais só do que sozinha, como se houvesse um vazio… um buraco. Hoje, sinto-me morrer por dentro… como se me faltasse algo… A melancolia apodera-se de mim… É um daqueles dias que o melhor seria partir, virar para o lado dos fracos, desistir, mesmo quando o que mais queremos é ficar… permanecer… construir… investir… e sobretudo amar…
Desfalecimento esse que me deixa sem saber como encontrar tarefas que me cessem o pensamento… sem saber como conter as lágrimas diante de uma música… No fundo, sem saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche!
É nessas alturas que percebo que muitas vezes vivemos para pequenos momentos... Passamos semanas, dias, horas, segundos ansiando aquele instante. Instante que, apesar de breve, é de todos o mais desejado; aquele que ficará, sem dúvida, guardado em nós (na cabeça e no peito). Instante que só se torna único quando sinto a tua presença…! Sabes, é bom falar contigo! E mesmo quando não dizemos nada de especial, é bom saber que estás lá (basta-me isso, saber-te onde) …
Mas hoje fico-me pelo silêncio da tua ausência!

quarta-feira, fevereiro 20

Preciso que me encontres...


Após ter divagado pelos meus pensamentos, pergunto-me (um tanto ou quanto) indignada:
Como lutar por ti!? Como posso eu alcançar-te!? ( Grito ) Direcciona-me!!
Estou longe de ti, física e psicologicamente e (como dizes) não sei qual delas será pior.
Só tenho um meio de me libertar… que é através das palavras… mas por vezes essas prendem-se silenciosamente cá dentro e tudo torna-se difícil… Mas só assim conseguirei atingir-te!? Ou… tudo não passará de mais um monte de palavras, de mais um aglomerado de versos… No fundo, de mais um tudo que te passa ao lado..!?
Quero que me escutes, quero olhar-te nos olhos… porque o que aqui te digo são meras palavras… Preciso-te mais perto. Quero o silêncio da tua boca quando os gestos falam por si… Quero mostrar-te aquilo que não posso em simples palavras. Quero embebedar-me de sentimentos em teu corpo… QUERO-TE aqui… para mim!

segunda-feira, fevereiro 18

(Con)seguir-te...

Em sonhos és meu (adoro essa possessão), na realidade não te tenho (será que te vou ter?) … Quero entrar no teu mundo, quero cruzar-me no teu caminho, fazer parte de ti… Secretamente, procuro um rasto, um toque, um gesto por ti deixados… quero que eles me levam a ti (quero acreditar nisso) … Enquanto não os encontro, fico-me pela imaginação, pois lá posso usufruir dos meus caprichos, onde tu fazes parte! Mas nesse impasse não receio sofrer… Receio, apenas, cada dia perdido sem que o amor me arrebate..! Até que me faças “ver” o contrário, não vou cessar, que ainda agora comecei… pois não é de esquecer que muitos dos fracassos desta vida estão concentrados nas pessoas que desistiram por não saberem que estavam muito perto da linha de chegada!

Mais vale me arrepender do que fiz um dia por sincero prazer, do que me arrepender por ter deixado de fazer, por temor… se o coração pedia!

Por isso, vou lutar… pelo teu sorriso, pelo brilho dos teus olhos, pelo afecto do teu toque, pelo acorde de tua voz ao meu ouvido…!
[...]

Porque se realmente for difícil, não vou desistir, embora consciencializada que entrar num coração que parece… ocupado por outro alguém… é algo que me deixa dúbia!

domingo, fevereiro 17

Sentir-te

Pudera ter os teus olhos azuis só um momento presos aos meus… pudera ter ao alcance o afecto do teu toque, ter a tua voz a sussurrar-me ao ouvido “Estou aqui”… sentir o teu cheiro a sobrevoar o nada. Anseio que a brisa te traga até a mim, que o céu se rasgue em chamas e me aqueça a alma tal como as tuas palavras e sinfonias me aquecem! Sinto fome do teu corpo, sede de tua boca (embora nunca os tenha saboreado) … Tenho mil beijos presos que se querem soltar em teus lábios!
Quando a noite cai, navego num sonho onde sinto a tua boca colada na minha, onde as tuas mãos percorrem todos os contornos de um corpo entregue, onde sinto a intensidade do teu olhar, a urgência do teu toque e deixo-me envolver nessa dança de sentimentos.
O que concluo?! Concluo que te quero mais do que julgas ser possível! Sinto-te na alma, afagando-me! Sonho-te… em formas que ninguém vê..! Hoje, quero-te assim… não te quero ver… apenas sentir!

sábado, fevereiro 16

Palavras ...

(…) Assim foi… Num dia de solidão tentei ocupar-me, e nessa tentativa deparei-me a ler teus versos. Sorrateiramente, fui sugando cada palavra, por ti digitada, interiorizei cada sentimento por ti transmitido… E deixei-me levar nessa harmonia!
De certo, apaixonei-me pelas palavras nuas que beijas por outro alguém… De repente coloridas entre palavras sem cor, esperadas inesperadamente! Apaixonei-me pelo teu sentimento algures revelado! Embebi-me em teus versos, e ando caída por aí… Estás tão longe… Tento alcançar-te, não sei como… talvez em pensamentos! Mas sinto distância em tudo o que me possa unir a ti! Sinto-me um ser vazio em encantos, embora preenchido com o amor que revelas por outro alguém (estranho, suponho)! É difícil atingir-te, sinto-me prisioneira nesta paixão. Quando penetras em meus pensamentos, és como uma flecha certeira que me atinge o peito! E grito… num grito mudo que tu não ouves! E refugio-me algures!

(Des) encontrada!

Andei perdida (ainda ando!?) por aí… embora isso pouco me afectasse. No fundo, não encontrava motivo para me encontrar. Preferi deixar-me levar pelo acaso, vivendo intensamente cada oportunidade (concisa) que surgia!
Nessa incerteza fui levada até a ti… (Por mero acaso!?) Não sei! Só sei que me deixei encantar pela tua melodia tão singular, pela tua visão tão precisa das coisas, no fundo, pela tua maturidade!
Embarquei-me, em mistério e fascínio, pelo teu corpo inacessível, dancei meus pensamentos em teu redor e deixei-me levar pelo sentimento inocente (será!?) que nos envolvia!

Em dias, apercebi-me que tal envolvência não era mútua! Assim, com alguma tristeza, aos poucos e poucos, fui me afastando (ou tu de mim), de forma a minimizar, ou de não aumentar, o sentimento que por ti estava a florescer! Será que fiz bem!? Será que fiz mal!? Será que foi tudo uma ilusão e que tudo acabaria como se nada tivesse ocorrido!? Não sei! Ou melhor, sei… Sei que, o que mais temia acabou por suceder, despropositadamente...