quarta-feira, abril 9

Vida!

Realidade!? Imaginação!? Por que é tão difícil lá chegar?!
Será que há uma verdadeira razão para viver ou isso é algo em que se pensa quando se está triste, para ter coragem de enfrentar o dia-a-dia?
Se a alma do mundo somos nós, por que buscamos nos outros as nossas próprias razões?
Interrogações atrás de interrogações… Esquecemos que a melhor escola que temos é a vida, que
nos empurra a cada passo e nos ajuda a encontrar a saída.
Vagueamos à deriva da vida e desprezamos o facto de ela ser uma aventura e que é preciso vivê-la com todo o veemência de que formos capazes. Perdemo-nos em questões que só subjuga as nossas próprias virtudes e que nos encara como desconhecidos.
Vida! Se hoje a perdes… o tempo nunca te perdoa!
Quantas vezes já ouvi dizer amargamente: “Agora que o coração não arde e a alma já não sente, vejo o quanto perdi, irremediavelmente, por ter sido na vida um tímido… um cobarde. Aah! Se eu pudesse voltar atrás.” … Quantas vezes já ouvi, amargamente, dizerem isso mas tarde… muito tarde! Sim… sofrimento é perceber que já estamos ao fim de um imenso caminho, sem volta… Olhar em torno e se sentir… sozinho, perdido… Absurdo esse arrependimento de tudo ter podido alcançar e tudo ter perdido sem erguer a mão. Tédio esse que vai enregelando, aos poucos, a alma, o sonho, a esperança, o coração… a Vida! Mas de nada há de servir o nosso desespero porque a vida não volta. Lutaremos contra o vento, a angústia, o tempo e, em espumas (de cólera) veremos a nossa inútil revolta… Tarde demais veremos que, se a vida foi vã… a memória é um castigo. Se bem que… a morte não impede o sonho, apenas a vontade de sonhar!
Viveremos, pois, sem temor e com desprendimento, sem nunca esquecer que a vida é um efémero instante de alento... que voa!