segunda-feira, fevereiro 23

Caídos


[Não lembro – anda presa a mim.]

Vou tocar-lhe os lábios
Roçar-lhe no peito
Dilacerar-lhe a pele
Afogar-lhe em minha língua
Arrastar-lhe em meu cheiro
Para longe…
Deste maldito mundo.
De engodo e mitos
Onde estamos caídos
Onde não nos sei até quando.

Não me mintasum dia tudo se estala e nada mais haverá.

domingo, fevereiro 8

Oh!...


Agora sorris. Valeu a pena! [Espero que sim!] É preciso acreditar, não é?! Quase te invejo. Já viste? Oh, não te rias. Fumas? Estes não sabem tão bem – mas servem.

Sabes que não vai ser fácil, não sabes?! Haverá [sempre] outras, assim, haverá sempre. Exigências do corpo. Tu sabes. Oh, não chores. Por que choras? Eu nunca te vou trair – eu nunca! Ele vai, por que não haveria ele de o fazer?! Tu ama-lo? Eu amo-te, oh Parva. Ainda choras?! Abraça-me, anda.

Gostas destes cigarros? Amanhã compro dos nossos, está bem?! Hum… Quem é? É ele?! Tu ama-lo! Eu sei. Conheço-te. Mas não te firas, C.. Outra vez, não. Ouviste?! Outra vez, não!

Esta música… Lembras-te, C.?... Lembras-te? Apetece-me viver! Que loucura. Apetece-me viver! Dá-me lume.

Oh…

… Por que choras?!

domingo, fevereiro 1

Terrible Angels



[...]

"Oh if every angel's terrible
Then why do you watch her sleep
You love to hear her sing
And wear purple eyes like rings
Well the flowers have no scent
And the child's been miscarried

Oh every angel's terrible
Said Freud and Rilke all the same
Rimbaud never paid them no mind
But Jimmi Morrison had his elevators
His elevators
He had his elevator angels
If every angel's terrible
Why do you hide inside her.
Like a child in a skirt

The supermarket's loud and bright
And boy don't she feel warm tonight
Boy don't she feel warm tonight
If every angel's terrible..."