sábado, janeiro 10

Sim, vai...



Fugiu-me o chão com as palavras – as mesmas que me estavam a servir de assento. Trespassam-me cóleras [muitas, muitas mesmo] frias e arrojadas por gritar – ah, como as quero gritar – e chorar.


Ah, não! Quanto absurdo! Não… Chorar não vou! As lágrimas que agora deito são de raiva, muita, de guerra – a guerra aqui não mata, abre fissuras.

Vou-as beber a todas, neste mesmo instante, que um dia hás-de tragar do mesmo sal – não por mim. Que depois destas não haverá mais gota salina que pingue por meus lábios - não por ti.

Pois isto vai acabar. Juro!... que vai.


Vou encher-me de livros e viver-lhes a existência: que isto passa, que tudo passa.

7 comentários:

Prisioneira de Sonhos disse...

Se não passar ao menos que o tempo suavize ausência (seja esta de palavras,corpo ou mesmo amor) e o pensamento...

Que os livros te prendam e que te afastem desse sentimento de prisão...

se resultar manda os livros para dar uma espreitadela...

bjo ***

disse...

Não passa...
apenas se transforma...

Prisioneira de Sonhos disse...

lindo!

disse...

tenho de ir ver ainda...=)

Sim, tudo apenas se transforma, o que antes era arrependimento e angustia, agora é conformismo, saudade e nostalgia do que se perdeu... Os acontecimentos estão lá, as decisões certas ou erradas, estão lá, o que muda são os teus sentimentos para com eles...

disse...

Não sei onde aceitar o convite! O.O

disse...

queres o mail do gmail ou outro?

disse...

ok já está! =D