terça-feira, maio 19

Esquecimento


Hoje apercebi-me de uma coisa: que tudo isto é vão.
Uma ilusão suportada pelas labaredas da alma.
Louca de mim não ter percebido isto antes.

Soltar verde a palavra pelo impulso da paixão é de tal inconsciência, que hoje me condeno.
E não é a guerra que agora me provocas que me faz lembrar-te vivamente, nem o meu amor, pois este, talvez, nem exista. É sim, o teu esquecimento. Ele é que te evoca em tais horas e me prende em momentos como estes. O teu esquecimento.

Fui só e apenas mais uma carta do teu vasto e variado baralho.
E não é isso que me magoa, hoje nada me magoa…
Só alimenta o luto que guardo de ti.
E, espero, já esquecida...


... que fique por aqui.

3 comentários:

Luís M. disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Nádia disse...

um texto de coragem...

força

Carlos Manuel Ribeiro disse...

“Só alimento o luto que guardo de ti
E, espero, já esquecida...
... que fique por aqui.”

Pois... mas, enquanto alimentares esse luto que guardas por ele,
Esperarás sim, mas não esquecida...
... e não ficará por aí!

Abraço,
CR/de